Publicado em 07/10/2024


Pela Fauna e Comunidades Daki: Coleiras com GPS Reduzem Conflitos entre Homem e Elefantes no Incomati

Em finais de Setembro de 2024, a Àrea de Conservação “Incomati Conservação”, no Distrito de Moamba, foi palco de uma importante atividade de conservação e proteção da fauna bravia, com a colocação de coleiras GPS em três elefantes machos, batizados Saseka (“bonito” ou “gracioso”, reflectindo a beleza e a majestade dos elefantes na natureza), Tintswalo (“compaixão”, procura encorajar atitudes compassivas em relação à fauna) e Vutomi (“vida”, destaca a importância de preservar a vida dos elefantes). A iniciativa, apoiada pela BIOFUND, Mozambique Wildlife Alliance (MWA) e pela Incomati Conservation, em coordenação com a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), faz parte do projecto “Vozes da Savana: Elefantes Monitorados, Comunidades Ouvidas“, cujo objectivo é mitigar os conflitos entre elefantes e as comunidades nas províncias de Maputo, especialmente nos distritos de Moamba, Namaacha e Matutuíne.

Este projecto, que tem a duração de um ano, visa monitorar a movimentação dos elefantes através do uso de tecnologia avançada, como as coleiras GPS. Essa abordagem permite obter dados em tempo real sobre os movimentos dos animais, ajudando a antecipar interacções entre elefantes e populações locais, especialmente nos distritos de Moamba, Namaacha e Matutuíne. Além de contribuir para a procteção das colheitas e infraestruturas comunitárias, a iniciativa fortalece as capacidades locais para a resolução pacífica de conflitos entre humanos e fauna bravia.

A colocação das coleiras foi possível graças ao apoio do “Cartão Bio”, uma parceria entre o Banco Comercial de Investimentos (BCI) e a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), em coordenação com a ANAC. O Cartão Bio, o primeiro cartão biodegradável de Moçambique, direcciona uma parte das suas receitas para apoiar projectos de conservação, como este, sem custo adicional para os usuários.

Esta acção não só reforça os esforços para preservar a biodiversidade, mas também representa um passo significativo na promoção da coexistência pacífica entre comunidades e elefantes, criando um modelo sustentável e replicável para outras áreas de Moçambique.