Publicado em 04/11/2019


BIOFUND fala sobre o financiamento das áreas de protecção marinha

Desafios no financiamento das Areas de Proteção Marinha, foi tema do encontro entre representantes da BIOFUND, WWF e Conservation Finance Aliance, ao longo da passada semana de 21 a 25 de Outubro de 2019, nos Estados Unidos da America.

Representada por Luis Honwana, Director Executivo, Sean Nazerali, Director de Financiamentos Inovadores e Anabela Rodrigues, membro do conselho de administração, a BIOFUND partilhou as suas experiências e planos sobre a combinação do uso de ferramentas de financiamento tradicional e a aplicação de mecanismos inovadores como o uso de rendimentos provenientes do endowment e a implementação adequada da Hierarquia de Mitigação e dos Contrabalanços de Biodiversidade, entre outras, que se perspectiva que possam ser uteis para o financiamento da Area de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas.

Para além do encontro com a WWF, a delegação moçambicana deu a conhecer parte dos avanços que teve nos últimos anos, num encontro com o Fundo Global para o Ambiente. Este encontro contou com a presença de representantes do Banco Mundial TNC e USAID. Destaque para a presença de George Ledec, cientista chefe do Banco Mundial, personalidade que em 2016 liderou o processo de elaboração do roteiro para a implementação de um Sistema Agregado de Contrabalanços de Biodiversidade no País. Na mesma ocasião o Banco Mundial, por intermédio de representantes da sua delegação em Moçambique, para o sector de conservação, reconheceu o papel importante que a BIOFUND tem desempenhado na implementação das suas estratégias.

A delegação moçambicana mostrou-se bastante feliz com os resultados das diversas reuniões em Washington. De acordo com o Director de Financiamentos Inovadores, a delegação teve a oportunidade de falar com a equipa da Conservation Finance sobre as possibilidades de tentar criar um programa de Partnership for Permanence para Moçambique. A primeira experiência deste tipo de iniciativas teve lugar no Brasil, por via do programa ARPA, e visa essencialmente criar um fundo com duração de aproximadamente 20 ou 30 anos com o objectivo de transformar as áreas de conservação.  Para Sean Nazerali, Moçambique tem várias vantagens na construção de um fundo com esta abordagem, sendo uma delas o facto de já ter feito uma avaliação de necessidades financeiras para alterar o nível de consolidação das áreas de conservação.

A BIOFUND ficou a saber que a Conservation Finance Alliance, no âmbito da revisão dos seus 10 anos de existência, está a elaborar uma série de estudos de caso incluindo um sobre Moçambique. Espera-se que esta actividade possa contribuir para a visibilidade internacional desta fundação moçambicana que conta actualmente com 4 anos de existência operacional.